segunda-feira, 13 de julho de 2009

Perambulando pela cidade

Sou o nada
Sem rumo
Lugar
Querendo algo
Para se aproximar

Sou o nada
Perambulando pela cidade
Buscando
Sem saber onde vai dar
Procurando
Se esquentar

O nada
Não saber
Onde vai chegar
Tudo está à volta
Nada até valorizar

Sendo um nada
Transparente
Cada um por si
Indigente

Robôs vêem se no dia
Anestesiados na madrugada
Deparar com covardia
Aproveitadores
Da vida sistematizada

Os excluídos
Os englobados
Manada desumanizada

Sou o nada
Vendo vejo tudo
Mãos atadas
Apenas uma forma
Forma apenas
Pena...
Que pena...

Angeline Dominguez - 2008

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