segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sobre o Humor

''É impolido dar-se ares de importancia. É ridículo levar-se a sério. Nao ter humor é nao ter humildade, é nao ter lucidez, é nao ter leveza, é ser demasiado cheio de si, é estar demasiado enganado acerca de si, é ser demasiado severo ou demasiado agressivo, é quase sempre carecer, com isso, de generosidade, de doçura, de misericórdia... O excesso de seriedade, mesmo na virtude, tem algo de suspeito e de inquietante; deve haver alguma ilusao ou fanatismo nisso... É virtude que se acredita e que, por isso, carece de virtude.''

Sponville


Escrito por Marthicora Vrykolaka (Érika Spada - Filósofa) às 21h39-2009

Perambulando pela cidade

Sou o nada
Sem rumo
Lugar
Querendo algo
Para se aproximar

Sou o nada
Perambulando pela cidade
Buscando
Sem saber onde vai dar
Procurando
Se esquentar

O nada
Não saber
Onde vai chegar
Tudo está à volta
Nada até valorizar

Sendo um nada
Transparente
Cada um por si
Indigente

Robôs vêem se no dia
Anestesiados na madrugada
Deparar com covardia
Aproveitadores
Da vida sistematizada

Os excluídos
Os englobados
Manada desumanizada

Sou o nada
Vendo vejo tudo
Mãos atadas
Apenas uma forma
Forma apenas
Pena...
Que pena...

Angeline Dominguez - 2008

Viajando ao sonhar

Com os olhos voltados para cima
Deixe que a mente comece a rodar
Com a cabeça e olhando bem distante
Vendo estrelas, montanhas e o mar

De repente apenas num instante
Olhe a lua, comece a voltar
Com os olhos, os olhos bem brilhantes
Vá colocando as coisas no lugar

Percebendo que as coisas dessa vida
São sonhos que podemos transformar
Na realidade de nosso dia a dia
No amanhã que está para chegar

Continuando sentados aqui no alto
Com a cabeça, a cabeça a matutar
Com os olhos, os olhos bem abertos
Continuando e voltando ao sonhar

Vendo a lua e a noite a partir
Aguardando que o sol venha a raiar!...

No susto que vem bem de repente
Novamente
Lá na frente
As estrelas, as montanhas e o mar...

Angeline Dominguez - 2002